Impulsionados pelo mercado interno, os resultados da indústria automobilística no mês passado e acumulado do ano foram comemorados pelos executivos do setor. Julho foi o melhor mês do ano, com 242 mil veículos emplacados. Ao divulgar os dados na manhã desta quarta-feira (7), a direção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) destacou que o ritmo de crescimento, iniciado em abril, mostra uma tendência sustentável que deve se manter também em agosto, segundo os resultados dos primeiros dias do mês.
Segundo Leite, o ritmo de vendas para locadoras diminuiu nas últimas semanas, “o que demonstra que o aumento da demanda vem do consumidor”. O dirigente atribuiu o aumento de vistas de clientes às concessionárias, como o setor tem registrado, como resultado da expansão da oferta de crédito. Ainda que o ritmo de queda da taxa básica de juros tenha desacelerado, Leite disse que, como decorrência das quedas anteriores, a média de juros em financiamentos de carros caiu de 29% a 30% para 24% por ano.
A entidade reuniu-se na semana passada com a Febraban, que representa as instituições financeiras, para entender a formação do spread. E, segundo Lima, a diminuição da inadimplência e facilitação na retomada do bem, pelos bancos, sinalizam a continuidade da tendência de queda no custo do crédito.
Em consequência do mercado interno aquecido, a produção de 247 mil unidades em julho foi a mais elevada deste ano e o melhor resultado desde outubro de 2019. Com isso, a produção acumulada de 1,38 milhão, de janeiro a julho, ficou 5,3% acima do total nos primeiros sete meses de 2023.
Já no mês passado, a tendência de aquecimento do mercado interno levou a Anfavea a elevar a projeção de vendas para o ano, de 6,1% para 10,9%. Por outro lado, como a importação de veículos, principalmente vindos da China, continua elevada, a entidade que representa os fabricantes reduziu a estimativa de produção de 6,1% para 4,9%.
Segundo a Anfavea, de janeiro a julho, o volume de veículos produzidos na China aumentou 414%, fazendo do país asiático o segundo maior exportador para o Brasil, atrás da Argentina, de onde chegam veículos fabricados pelas mesmas montadoras que atuam no Brasil.