O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Leur Lomanto Júnior (União-BA), afirmou nesta quarta-feira (10) que respeitará os prazos previstos no regimento para a apreciação do processo de cassação movido pelo Psol contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e sinalizou que a apreciação do caso pode levar dois meses.
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Brazão é acusado de ser um dos mandantes da execução da vereadora fluminense Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes em 2018.
A posição de Lomanto Júnior esvazia o argumento utilizado por parlamentares de partidos de centro e da direita de que votarão hoje para que Brazão saia da prisão, mas que trabalharão por uma cassação imediata.
Às 12h30 desta quarta-feira, a CCJ analisa o relatório de Darci de Matos (PSD-SC) favorável a manutenção da prisão do deputado do Rio de Janeiro. Ainda nesta quarta, o plenário também deve apreciar o parecer.
É crescente o movimento para liberar Brazão da cadeia, com argumentos de que não houve flagrante e que a manutenção da prisão abriria precedentes para que outros parlamentares fossem presos com base em uma delação premiada.
Nos bastidores, parlamentares já se mobilizam para que o processo contra a Brazão seja priorizado no Conselho de Ética.
Na sessão do colegiado desta quarta-feira, os deputados Bruno Ganem (Podemos-SP), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gabriel Mota (Republicanos-RR) foram sorteados para compor a lista tríplice para a definição de quem será o relator do caso.
Leur explicou que conversará com os três para bater o martelo e que pretende escolher o relator até semana que vem. “Vou conversar com os três e eu quero para a semana indicar. Se os três não quiserem, terei que sortear uma nova lista tríplice. Vou conversar com os três e tomar uma decisão”, explicou Lomanto Júnior.