O militar foi convocado a prestar depoimento e, em seguida, teve a prisão preventiva decretada por Moraes depois de a revista “Veja” revelar áudios em que ele fez acusações em relação ao trabalho da PF, que homologou seu acordo de colaboração.
Mauro Cid foi preso em maio do ano passado, na esteira das investigações sobre os certificados falsos da vacina contra a covid-19 – o que motivou pedido de indiciamento por parte da PF contra ele, Bolsonaro e mais 15 pessoas. O militar estava em liberdade provisória desde setembro, após Moraes homologar o acordo de colaboração premiada fechado com a PF.
Nos áudios enviados a um amigo, Mauro Cid afirmou que havia uma “narrativa pronta” adotada pelos policiais federais e que eles “não queriam saber a verdade” durante os depoimentos que prestou no âmbito da delação.
O ex-auxiliar de Bolsonaro também atacou diretamente Moraes. “O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”, disse.
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) tenente-coronel Mauro Cid saiu às 17h da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde passou por exame de corpo de delito. O militar seguiu para o Batalhão de Polícia do Exército, onde já havia ficado preso até assinar o acordo de delação.