Quando o presidente Barack Obama declarou as sanções contra a Venezuela, citou a prisão de opositores de Maduro como justificativa. De lá para cá, o quadro piorou.
Até 8 de abril de 2024, havia 269 casos documentados de presos políticos na Venezuela, segundo o Foro Penal, associação formada por advogados que prestam assistência jurídica a detidos. Destes, 20 são mulheres, 147 são militares e 131 estão à espera de alguma sentença.
Uma delas é Emirlendris Benítez, comerciante e mãe de dois filhos, detida sem provas desde 5 de agosto de 2018.
Ela é acusada de participar de um ataque com drones contra o presidente Nicolás Maduro. Foi condenada e cumpre pena de 30 anos de prisão no Instituto Nacional de Orientação à Mulher Los Teques, com presidiárias comuns, em Caracas.
A Anistia Internacional fez um apelo para que ela fosse libertada. “(…) Foi submetida a torturas e outros maus-tratos enquanto estava grávida. Poucas semanas após a sua detenção, ela foi transferida à força para um centro médico, onde a sua gravidez foi interrompida sem o seu conhecimento ou consentimento”, afirmou a ONG.
Sua defesa recorreu da sentença, pois não foram apresentadas provas incriminatórias.