O ministro da Defesa, José Múcio, disse nesta quarta-feira (8) que sua “grande festa” será quando o inquérito que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro for concluído e os militares envolvidos forem condenados pelos crimes que cometeram. A avaliação do ministro é que, somente assim, será possível retirar a “nuvem de suspeição” que paira sobre outros integrantes das Forças Armadas.
“A coisa está a mais pacífica possível. É o ministério mais tranquilo que você pode imaginar. Nosso espírito é colaborar. A grande festa nossa é quando esse inquérito terminar e os culpados forem punidos, quando essa nuvem de suspeição sair de cima dos inocentes”, disse Múcio.
Pouco antes, Múcio foi abordado por uma apoiadora do governo Luiz Inácio Lula da Silva que apontou para o ministro e exibiu uma bandeira com a palavra “democracia”. Em resposta, o titular da Defesa respondeu: “Se eu não gostasse de democracia, não estava aqui [no governo] apanhando que só”, brincou.
Na cerimônia, Lula também fez referência aos militares presentes no ato. Na avaliação do presidente, os integrantes das Forças Armadas demonstraram que têm o propósito de defender a soberania nacional. Marcaram presença no evento Marcos Sampaio Olsen, Comandante da Marinha; Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da Aeronáutica; Tomás Miguel Ribeiro Paiva, comandante do Exército, além de Renato Rodrigues de Aguiar Freire, comandante do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
“Senhores comandantes, eu quero aqui agradecer a José Múcio, que trouxe os três comandantes das Forças Armadas para mostrar a esse país que a gente pode construir as Forças Armadas com o propósito de defender a soberania nacional, os nossos 16 mil quilômetros de fronteira seca, os nossos quase 5 milhões e meio de quilômetros quadrados de mar sob a responsabilidade do Brasil, a nossa maior floresta de reserva no mundo”, acenou Lula.