Furtado também anexou reportagem do UOL mostrando que, após a liberação dos recursos, a prefeita Magdala Furtado trocou o PL pelo PV e anunciou que irá disputar a reeleição com o apoio do PT.
O acerto político ocorreu dois dias depois de ela ter sido recebida pelo presidente Lula (PT) no Palácio do Planalto. O PT vê Magdala como uma aposta para ganhar espaço numa região do Rio dominada pelo bolsonarismo.
“O jornalismo investigativo é vertente do jornalismo em que os repórteres investigam profundamente um único tópico de interesse, como crimes graves, atividades políticas, corrupção corporativa, violações de direitos humanos, entre outros. Certo é que o jornalismo investigativo é essencial para uma sociedade democrática, pois ajuda a manter os poderosos em xeque, expondo a corrupção e outras formas de má conduta”, afirmou o procurador no ofício.
No caso, ao que parece, novos indícios de irregularidades relacionadas à nomeação do filho da Ministra da Saúde, Sra. Nísia Trindade, como Secretário de Cultura do Município de Cabo Frio/RJ e ao possível favorecimento de recursos públicos continuam aparecer.
Lucas Furtado, procurador do MP junto ao TCU
A ministra nega que tenha favorecido o filho. Em audiência pública na Comissão de Saúde da Câmara na quarta-feira (10), Nísia disse que “tem orgulho” do filho e que “nenhum deputado irá constrangê-la” com questionamentos a respeito da nomeação dele para a secretaria.
Antes da contratação, a ministra recebeu a prefeita no seu gabinete em Brasília, quando acertaram a liberação dos recursos. Nísia nega que a vaga do filho, confirmada 21 dias depois, tenha sido abordada na ocasião.
Advogados especialistas em gestão pública disseram à coluna que a ministra cometeu uma ilegalidade ao assinar um ato com informações inverídicas. Segundo eles, cabe responsabilização por parte dos órgãos de controle uma vez que o documento só foi corrigido quatro meses depois e somente quando o UOL revelou o caso.