Não é ficção científica! Pesquisadores desenvolveram e estão testando uma meia equipada com sensores que capturam informações sobre a pressão que você exerce nos pés enquanto caminha. Essa análise detalhada da marcha permite identificar padrões que indicam um estilo de caminhada prejudicial, como colocar muita pressão na área frontal do pé em vez do calcanhar.
Mas por que isso é importante? Pessoas com diabetes podem apresentar alterações na maneira como andam devido a danos nos nervos e vasos sanguíneos. Essa alteração na marcha, por sua vez, favorece úlceras nos pés, com potencial de se infectar e levar à amputação.
Um estudo com 40 participantes (metade com diabetes) mostrou que a meia eletrônica foi capaz de avaliar o ritmo cardíaco com precisão, pois os resultados da meia foram praticamente iguais aos de um eletrocardiograma,o método padrão ouro.
Além disso, a meia detectou problemas na marcha de pessoas com diabetes mapeando áreas que sofrem mais pressão, especialmente a parte frontal do pé. Este padrão também foi observado naqueles com má circulação arterial.
Mas o que isso significa? Essa meia eletrônica pode ser uma ferramenta valiosa para auxiliar identificar precocemente problemas na maneira de andar. Isso permite à equipe de saúde tomar medidas para corrigir sua postura e uso de calçados e palmilhas personalizadas para evitar o desenvolvimento de úlceras nos pés.
O uso de calçados confortáveis, se possível fechados, e o de meias é sempre indicado para prevenção de feridas. Já cremes hidratantes afastam o risco de fissuras e rachaduras. No mais, todo cuidado deve ser feito no corte das unhas para evitar machucados e infecções secundárias.