Fontes disseram à reportagem, na condição de anonimato, que Meia Folha tinha outra empresa e cuidava de uma ONG na Favela do Caixão, onde foi gerente do tráfico de drogas do narcotraficante André Oliveira Macedo, o André do Rap, foragido da Justiça.
O jornalista descobriu irregularidades em uma das empresas de Meia Folha e por isso teria sido assassinado. As fontes disseram que policiais apuraram o envolvimento de Meia Folha no homicídio e o extorquiram. O membro do PCC então deixou de pagar propina e foi morto por queima de arquivo.
Meia Folha foi baleado em uma lanchonete no cruzamento das Ruas São Paulo e São Jorge. Ele chegou já sem vida ao Hospital Vicente de Carvalho. As fontes atribuem a autoria do crime a um policial militar. Um ex-vereador também acabou ferido a tiros, mas teve mais sorte e sobreviveu ao ataque.
A princípio, policiais civis não descartavam a hipótese de Meia Folha ter sido assassinado por causa do racha histórico no PCC, envolvendo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, tido como líder máximo da facção, e Roberto Soriano, o Tiriça, excluído recentemente da organização.
Além de André do Rap, Meia Folha foi comparsa de Albiazer Maciel de Lima, 44, o Mela Eixo, rei do roubo de carga, morto em 14 de junho de 2021, na penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Mela Eixo, por sua vez, era amigo de Marcola e cumpriu pena com ele naquela unidade prisional.
O que disse a Prefeitura do Guarujá
Em nota, a Prefeitura do Guarujá informou que os contratos com a empresa HC Transporte e Locação Eirelli foram firmados em 2022, tinham vigência de um ano, podendo ser prorrogados até o quinto ano.