O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), desmaiou assim que soube que teria que voltar para a cadeia e teve que ser socorrido pelos brigadistas do Supremo Tribunal Federal (STF).
O militar foi convocado a prestar depoimento e, em seguida, teve a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes nesta sexta-feira (22), depois de a revista “Veja” revelar áudios em que ele fez acusações em relação ao trabalho da Polícia Federal (PF).
Após deixar a sede do STF, ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) pela PF e, por ser militar, ficará preso no Batalhão de Polícia do Exército.
O ex-ajudante de ordens foi preso em maio do ano passado, na esteira das investigações sobre os certificados falsos da vacina contra a covid-19.
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Ele estava em liberdade provisória desde setembro, após Moraes homologar o acordo de colaboração premiada fechado com a PF.
Nos áudios enviados a um amigo, Mauro Cid afirmou que havia uma “narrativa pronta” adotada pelos policiais federais e que eles “não queriam saber a verdade” durante os depoimentos que prestou no âmbito da delação.
O ex-auxiliar de Bolsonaro também atacou diretamente Moraes. “O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”, disse.