O caso das duas mulheres, segundo o relato, ocorreu em dezembro de 2022 também dentro de um elevador em Fortaleza. Segundo o depoimento das vítimas, elas não registraram o caso na época por não terem conseguido provas contra o suspeito.
Me calei por realmente não saber o que fazer. Não houve flagrante de imagens, era minha palavra contra a dele, e assim passou. Quando surgiu o caso da Larissa, não fiquei surpresa. Era a mesma pessoa que fez isso comigo e a minha mãe.
Adah Ivna Rodrigues
Adah, estudante de psicologia, conta que saiu de uma festa na casa de uma amiga —e que essa amiga teria amizade com a esposa de Bandeira Neto. Assim que o evento terminou, a estudante foi ao elevador do prédio, acompanhada da mãe. Israel e a esposa também entraram no mesmo elevador, segundo relatou.
Em determinado momento senti alguém colocando as mãos por baixo da minha saia. Virei as costas, vi que ele estava com a esposa, e que ela estava no celular. Não acreditei naquela cena. Fiquei em choque, sem reação, foi assustador. Me arrependo de ter deixado passar. Quando entramos no Uber e contei para minha mãe o que tinha acontecido, ela disse que sentiu o homem encostando nas nádegas dela também.
Adah Ivna Rodrigues
Os novos relatos serão investigados pela Delegacia de Defesa da Mulher, em Fortaleza. Bandeira Neto vai responder por crime contra a dignidade sexual, informa a Polícia Civil do Estado do Ceará, em relação ao caso de Larissa. Além do indiciamento no caso da nutricionista, o suspeito também será investigado pelo suposto crime cometido contra mãe e filha.
O inquérito envolvendo a nutricionista Larissa Duarte foi concluído, segundo Gisela Martins, titular da Delegacia de Defesa da Mulher em Fortaleza. O segundo inquérito segue em processo de investigação.