O encontro foi uma solicitação dos movimentos, com articulação do ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral). “Foi uma conversa muito boa, de diagnóstico do país, de sugestões, das pautas que eles militam”, disse o ministro.
“Lula ficou feliz com a reunião e ouviu as sugestões com paciência”, disse o petista à imprensa, após o encontro. Segundo ele, o objetivo é que haja reuniões periódicas “com diversos movimentos que tenham representação nacional”.
Embora o governo diga que já estava programada, a reunião ganhou contornos de emergência por causa da crise na Petrobras. O presidente da petrolífera, Jean Paul Prates, está sofrendo mais uma fritura à medida que o racha com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ficou escancarado.
Macêdo negou que a possível troca de comando tenha sido tratada no encontro, que teve participação da FUP (Federação Única dos Petroleiros). Segundo ele, o tema Petrobras se restringiu a pensar em opções sustentáveis para a empresa.
Representantes de grupos evangélicos e católicos, incluindo a CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil), também participaram do encontro. “Houve muito uma discussão acerca da necessidade de ter políticas públicas que possam alcançar a comunidade evangélica, católica, sobretudo as mães preocupadas com seus filhos, vítimas de violência nas periferias das grandes cidades”, afirmou Macêdo.
O segmento cristão é onde o governo é mais mal avaliado e com quem Lula mostra uma preocupação constante de aproximação. Dentro do governo, há um debate de quanto esta aproximação seria efetiva — sob argumento de que, por causa das pautas de costume, seria uma “guerra perdida” —, mas o presidente tem insistido que é preciso “trazer” estes grupos.