A inflação cheia parou de cair nos Estados Unidos e até subiu um pouco em fevereiro. Os números mais recentes sobre o comportamento dos preços convenceram os investidores de que agora o almejado corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) só virá, provavelmente, no segundo semestre. As reuniões do Fed, do Banco da Inglaterra e do Banco Central do Brasil (BC) terão de dar respostas ao fenômeno semelhante: após cair com relativa rapidez da cercania dos dois dígitos, a inflação mostra resistência a caminhar para a meta na reta final. No Brasil o problema é menos agudo, dada a margem ainda existente para redução dos juros. Mas entrou em xeque a orientação futura de sinalizar dois cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões, assinalada desde o início da redução da Selic, em agosto.