Aquele show de estádio com pirotecnia, muito oôo e um galã no comando vestido como um super-herói? Temos. Esse é o Thirty Seconds to Mars.
O galã no caso é o cantor e ator Jared Leto, líder da banda e compositor de boa parte das músicas – só na pandemia, ele escreveu mais de 200 junto com seu irmão Shannon Leto, também integrante da banda.
Em “This Is War”, ele conclamou a multidão que lotou o palco da cerveja para levantar os punhos e cantar junto. Ninguém desobedeceu. No final da música, uma chuva de bolas pretas foi arremessada na plateia, dando aquela atmosfera de show épico.
Leto preencheu todos os pré-requisitos para um show de rock. Fogos de artifício, jatos de CO2, chamou três fãs para o palco (quero “the crazy ones”) e pulou mais que o público.
Em sua sexta apresentação no Brasil, a banda entregou o momento rock de arena clichê e farofa. Cópia de um pouco de tudo que já aconteceu desde Queen, agrada às massas enquanto desova a criatividade de seu líder.
Para coroar o entrosamento com o público, Leto vestiu a camisa 12 do Brasil com o nome Marcelo escrito atrás – ex-jogador da seleção que atualmente atua no Fluminense. Do nada, o próprio Marcelo foi chamado ao palco para tirar uma foto com a banda e com a plateia.
Disse que o público de São Paulo é o melhor do mundo (só pensei: “Jared, você diz isso pra todas”). Marcelo ficou no palco e tocou bumbo numa das músicas.
Famosos e sub celebridades na grade, mulheres sendo retiradas passando mal em cadeiras de rodas (contei três). Muito flanger na guitarra, refrões cheios de energia e palavras de ordem. Tudo dentro de um script perfeito que só um ator de hollywoodiano poderia entregar.
Para finalizar, Leto chamou umas 30 pessoas para o palco, onde foi montado um camarote VIP para os fãs, com gradil e tudo. Um show que mais pareceu uma gravação para um filme de ficção.