Israel afirmou, neste domingo (14), que o Hamas rejeitou a última proposta de cessar-fogo dos mediadores em meio à escalada das tensões após o ataque do Irã contra o Estado judeu na noite de sábado (13). O grupo militar apoiado pelo Irã recusou o esboço apresentado pelos mediadores, segundo a Mossad, a agência israelita de inteligência externa.
Embora a Mossad não tenha afirmado diretamente que o motivo da rejeição tenha sido os ataques de drones e mísseis do Irã a Israel, afirmou que o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, “continua a explorar a tensão com o Irã” e “não quer um acordo humanitário e o regresso dos reféns.”
A declaração da Mossad, que lidera as negociações de Israel com o Hamas, foi publicada pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ele disse que “Israel mostrou muita flexibilidade nas negociações”, que estão estão sendo intermediados pelos Estados Unidos, Catar e Egito.
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A declaração contrasta com o progresso apontado por autoridades israelitas durante as negociações por uma trégua em Gaza na semana passada. A proposta incluiria a libertação de reféns detidos pelo Hamas e por prisioneiros palestinos.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse na ocasião que as negociações haviam chegado a um ponto crítico e que ele “estava mais otimista”.
A guerra Israel-Hamas eclodiu após combatentes do grupo paramilitar atacarem o sul de Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e sequestrando cerca de 250. A retaliação israelense em Gaza matou mais de 33.000 pessoas, de acordo com o ministério da saúde administrado pelo Hamas.
Cerca de metade dos reféns foi libertada durante uma pausa de uma semana nos combates, que terminou em 1 de dezembro. Não está claro quantos dos cerca de 130 prisioneiros restantes ainda estão vivos.