O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) é uma instituição privada sem fins lucrativos, mantida pela Rede D’Or – a maior empresa de saúde privada da América Latina – e com o apoio da iniciativa Ciência Pioneira. Fundado em 2010, ele já se consolidou como um dos mais proeminentes centros de pesquisa médica e inovação científica no País e no mundo, reunindo cerca de 100 pesquisadores de diversas especialidades, incluindo alguns dos cientistas mais influentes do mundo em neurociências, oncologia e terapia intensiva.
Além das parcerias com renomadas instituições nacionais (como Fiocruz, UFRJ, UFMG e USP), o Idor atua em colaboração com universidades e centros de pesquisa em mais de 80 países. Suas pesquisas resultaram em mais de 2.300 artigos científicos publicados em revistas de grande prestígio, cujo impacto se comprova nas mais de 62 mil citações recebidas ao longo dos anos. O índice Field Weighted Citation Impact (FWCI), que mede a influência científica global, posiciona o Idor (2,11) ao lado de conceituadas universidades e centros de pesquisa do mundo (veja inf.), como Harvard (2,08), MIT (2,28) e Stanford (2,23).
Pesquisa integrada à prática médica
A sinergia com a Rede D’Or proporciona ao Idor o acesso à maior plataforma multicêntrica do País para desenvolvimento da pesquisa translacional – que converte as descobertas de laboratório em benefícios para os pacientes – e da pesquisa clínica de ponta. A ampla rede de assistência em saúde, com 79 hospitais, 60 ambulatórios de múltiplas especialidades e 56 clínicas de oncologia presentes em 14 estados brasileiros, garante um fluxo contínuo de dados clínicos e laboratoriais, possibilitando estudos robustos e a ágil implementação de novas terapias. “A capacidade de integrar a pesquisa à prática médica é uma das forças de nossa instituição, permitindo que avanços científicos se traduzam rapidamente em melhores desfechos clínicos para os pacientes”, diz a pesquisadora Fernanda Tovar-Moll, presidente do Idor.
Em sintonia com as necessidades do País e com agilidade na produção científica, o Idor contribuiu para os avanços no conhecimento sobre a infecção pelo vírus Zika e suas consequências no desenvolvimento do sistema nervoso central, como a microcefalia. Conduziu também diferentes linhas de pesquisa em resposta urgente à pandemia de Covid-19.
Financiamento e reconhecimento para pesquisa e inovação
Recentemente, o Idor teve dois grandes projetos de pesquisa e inovação selecionados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que atua como uma agência de fomento, fornecendo recursos financeiros para apoiar o desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação no Brasil.
Um dos projetos tem como objetivo identificar novos biomarcadores que ajudem no diagnóstico precoce e na previsão do declínio cognitivo em idosos brasileiros com Alzheimer. Essa pesquisa, se bem sucedida, tem potencial para alterar o curso da doença.
Já o segundo projeto irá desenvolver uma plataforma tecnológica de edição gênica com CRISPR/Cas9 para tratar duas condições de grande relevância em nosso meio: anemia falciforme e doença de Alzheimer. “O CRISPR é uma ferramenta que funciona como uma ‘tesoura’ molecular, permitindo que cientistas façam edições precisas na sequência do DNA, o que pode corrigir genes que causam doenças”, resume o pesquisador Bruno Solano, líder do estudo.
De acordo com Tovar-Moll, uma das lideranças da pesquisa, “o Idor está bem equipado para realizar estudos de alto nível nessa área, dispondo de equipamentos de neuroimagem avançada, laboratórios de biologia molecular e bioquímica, além de espaços dedicados ao acompanhamento dos participantes em clínicas especializadas em distúrbios da memória e doenças neurodegenerativas”.
Não apenas os recursos da Finep têm impulsionado a pesquisa de excelência feita no Idor. “O fomento tem sido captado também junto a outras fontes nacionais, como Faperj, Fapesp, CNPq e Capes, bem como em volumes expressivos vindos de organizações internacionais, como Wellcome Trust, Okinawa Institute of Science and Technology e Bill & Melinda Gates Foundation”, pontua Luiz Eugênio Mello, diretor de Pesquisa e Inovação do Idor.