Ele fez ainda um alerta sobre a consequência do veto: “O que a comunidade internacional fará diante do avanço de Israel? Vão esperar até quando?”, questionou Mansour. Segundo ele, a resolução iria proteger as terras palestinas.
Israel diz que proposta criaria “Estado nazista da Palestina”
Num discurso violento, o governo de Israel rejeitou a proposta, chamando a resolução de “imoral e perigosa” e insistiu que os palestinos “apoiam terroristas”. “A proposta força a criação de um estado nazista da Palestina”, denunciou Guilad Erdan, embaixador de Israel na ONU. “A liderança palestina jamais condenou o Hamas e chamam os terroristas de seus irmãos”, disse.
Enquanto ele falava, ao final do encontro, as demais delegações já deixavam a sala, num sinal do desconforto diante de seu discurso. Para ele, os votos e a reunião mostram “o colapso da ONU”. “Neste formato, a ONU não tem futuro e que ela apoia o terrorismo”, disse.
Segundo Erdan, os critérios para entrar na ONU incluem ter uma população permanente, um território, um governo e a capacidade de ter relações com outros países. Mas destacou como também existe que sejam “Estados que amam a paz”. “Que piada”, afirmou o diplomata. “A Autoridade Palestina é uma entidade que ama o genocídio e não merece estar aqui”, disse.
O embaixador alertou que a Autoridade Palestina não tem controle sobre Gaza. “Quem vai representar? O Hamas de Gaza?”, questionou. Segundo o diplomata, a adesão palestina seria a “maior recompensa à violência” do Hamas. “Se isso ocorrer, isso aqui não seria mais o Conselho de Segurança, mas o Conselho do Terror”, afirmou. Israel alertou que, se aprovada, tornaria uma negociação “impossível”.