A prisão dos irmãos Brazão e do delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa marca o fim da investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, afirmou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em entrevista coletiva concedida na tarde deste domingo (24), em Brasília.
“A Polícia identificou os mandantes e os demais envolvidos. É claro que poderão surgir novos elementos que levarão eventualmente a um relatório complementar da Polícia Federal, mas, nesse momento, os trabalhos foram dados como encerrados”, disse o ministro.
“Esses são os mandantes do crime”, reforçou o chefe da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. “Mas isso não anula que outras ações possam ser adotadas, inclusive a partir de agora com os materiais que serão enviados ao Poder Judiciário”, ponderou.
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Além do trio apontado como mandante do crime, a PF aplicou medidas cautelares contra outras três pessoas envolvidas no caso. São elas: Erica Andrade, esposa de Rivaldo Barbosa; Giniton Lages, delegado da Polícia Civil e ex-chefe do Departamento de Homicídios do Rio na época do atentado; Marcos Antônio Barros Pinto, comissário da Polícia Civil do Rio; e Robson Calixto Fonseca, assessor do Tribunal de Contas do RJ.
Eles foram alvos de busca e apreensão nas casas, locais de trabalho e veículos (menos nas dependências do Congresso Nacional), arresto de bens e valores, congelamento de contas bancárias, acesso ao conteúdo de dados em computadores, tablets e celulares; apreensão de documentos; entrega de passaportes, uso de tornozeleiras eletrônicas e proibição de se comunicarem com outros investigadores. Os policiais foram suspensos das funções e da posse e do porte de armas.
Os presos estão no Rio de Janeiro, foram submetidos a exames do Instituto Médico Legal, e a audiências de custódia. Eles deverão chegar em Brasília por volta das 16h30, e serão direcionadas para o presídio federal de Brasília.
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A Polícia Federal prendeu preventivamente neste domingo (24) o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), seu irmão, Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio; e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Eles são apontados como mandantes dos assassinatos de Marielle Franco, em março de 2018, e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. O atentado completou seis anos no último dia 14.
Chiquinho Brazão será alvo de um processo disciplinar visando sua expulsão do União Brasil. A Executiva Nacional deverá deliberar sobre o caso na próxima terça-feira (26).
Já a nomeação do delegado Rivaldo Barbosa para a chefia da Polícia do Rio será investigada pela PF, segundo a GloboNews. Barbosa foi nomeado no dia 22 de fevereiro pelo então Interventor Federal na segurança do Rio, o General Walter Braga Netto, e tomou posse em 13 de março de 2018. No dia 14, Marielle foi assassinada.