Marcado por sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio de origem neurobiológica mais frequente em crianças, embora possa ser identificado mais tarde em adolescentes ou adultos.
Estudos do Instituto Paulista de Déficit de Atenção (IPDA) indicam que de 3% a 7% das crianças e adolescentes em idade escolar são diagnosticadas com o transtorno.
Embora sem cura, os seus sintomas podem melhorar em algumas pessoas na fase adulta. Ainda assim, entre 50% a 60% dos diagnosticados continuam apresentando problemas relacionados ao TDAH na fase adulta.
Sintomas do TDAH
Os sintomas da doença se caracterizam pela desatenção, manifestada pelo desinteresse em seguir instruções e concluir tarefas, a dificuldade para manter o foco e o hábito de perder objetos necessários para atividades cotidianas.
Enquanto na categoria hiperatividade e impulsividade, os sintomas comuns são o excesso de energia, a necessidade de movimentar-se constantemente e a dificuldade em esperar a sua vez ou controlar a fala, interrompendo frequentemente a conversa de outros.
Quais são os Tipos de TDAH?
O TDAH pode ser classificado em três tipos, dependendo da predominância dos sintomas:
- TDAH predominantemente desatento: a principal manifestação são os sintomas de desatenção;
- TDAH predominantemente hiperativo-impulsivo: a maior parte dos sintomas estão relacionados à hiperatividade e impulsividade;
- TDAH combinado: quando os sintomas de ambas categorias estão igualmente presentes;
- Indivíduos com TDAH apresentam mudanças estruturais no cérebro, como alterações na região frontal e nas conexões entre células nervosas. Essas alterações podem ser causadas por fatores genéticos ou ambientais.
Diagnóstico
Um indício de TDAH é quando uma criança possui ao menos seis sintomas de desatenção ou de hiperatividade e impulsividade por pelo menos seis meses, de forma incompatível com o seu nível de desenvolvimento.
Para maiores de 17 anos, ao menos cinco sintomas em uma das áreas já são suficientes para levantar suspeitas. Nessas situações, o acompanhamento de um especialista é indispensável.
A detecção do TDAH é feita através da avaliação clínica do médico, visto que não existe um teste específico para confirmar a presença do transtorno. O profissional observa a prevalência dos sintomas, o contexto em que ocorrem e outros fatores.
Tratamento do TDAH
O tratamento geralmente utiliza uma combinação de psicoterapia e medicação. Entre as crianças, as medicações são evitadas sempre que possível para não interferir no desenvolvimento.
Práticas como redução do consumo de estimulantes e rotina de atividades físicas intensas também são indicadas. No entanto, somente um profissional pode indicar a abordagem terapêutica mais adequada a cada caso.