Lula cobrou que os ministros também aumentem as viagens, mesmo sem novos projetos. O ponto do presidente é que já há um “portfólio robusto” de ações de governo e que ajudaria se eles mostrarem pessoalmente —e com a base— essas melhorias.
Uma ideia, disse Lula, seria colar em governos bem avaliados, como o Pará de Helder Barbalho (MDB). Lula sugeriu a ministros maior inserção nesses estados, com agendas locais. Também pediu a Pimenta, mais uma vez, que intensifiquem as pautas regionais.
Em entrevista após o encontro, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, chamou de “efeito aerossol”. “Quando se pulveriza demais [a comunicação da conquista], as pessoas não enxergam que o aerossol foi acionado”, comparou o ministro.
Distribuição de pedidos
Lula reclamou ainda que muitas vezes só sabe das crises pela imprensa. Seja na parte de disputa interna, seja em casos como os picos de dengue, ele disse que precisa ser avisado antes e que “não quer ser blindado” pelos ministros, em especial pelos palacianos.
Padilha expôs as conquistas na relação com o Congresso e deu uma cutucada sobre as resistências do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ele se desentendeu com Padilha. Na fala, Lula teria brincado que o parlamentar fala mal do ministro “de vez em quando”. “De vez em quando, não, todo dia”, respondeu Padilha, rindo. Lula prometeu, então, mais um “happy hour” entre os dois.