O dólar opera com alta nesta quarta-feira (3), retomando tendência de alta após fechar estável na véspera, em meio a dados de emprego e de atividade nos Estados Unidos.
Além disso, a sessão será marcada por falas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, a partir das 13h10, o que pode trazer volatilidade ao câmbio.
Localmente, Roberto Campos Neto discursa em evento em São Paulo.
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Qual a cotação do dólar hoje?
Às 11h30, o dólar à vista opera com ganhos de 0,43%, a R$ 5,008 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,19%, a 5.092 pontos.
O BC vendeu ontem US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial, em operação a realizada entre 12h30 e 12h40, que buscou atender a uma demanda gerada pelo resgate do título NTN-A3, atrelado ao câmbio, previsto para 15 de abril.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de junho de 2024.
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Dólar comercial
- Venda: R$ 5,080
- Compra: R$ 5,080
Dólar turismo
- Venda: R$ 5,283
- Compra: R$ 5,103
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Por que o dólar está em alta hoje?
A moeda norte-americana sobe nesta quarta-feira, com traders reavaliando as expectativas de cortes de juros na maior economia do mundo, enquanto esperam por dados e falas de vários integrantes do Banco Central dos EUA.
Além de Powell, outros membros do banco central americano, incluindo as governadoras do Fed, Michelle Bowman e Adriana Kugler estão previstas para discursar. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, e o vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, também falarão em eventos.
No mais, o emprego nos EUA, medido pela ADP, veio acima do esperado, em março, enquanto os números foram revisados para cima, em fevereiro. Isso reforça o quanto a economia americana segue aquecida.
“Talvez o pessoal esteja olhando aqui a parte interna, nossa questão fiscal, mas o que está pesando mesmo é o cenário lá fora: a questão dos juros americanos e, agora, essa dose da questão geopolítica”, disse Hideaki Iha, operador da Fair Corretora, sobre o recente rali do dólar.
O dólar tende a ser impulsionado pela tensão geopolítica em si, conforme investidores enchem suas carteiras de ativos seguros para se prevenir de eventuais escaladas em conflitos.
Recentemente, operadores têm reduzido as apostas num início em junho do afrouxamento monetário do Fed, bem como as projeções da flexibilização total a ser promovida pelo banco central este ano.
“O que está segurando o Fed de cortar os juros? É inflação, então, com isso, esse petróleo em alta piora o cenário”, avaliou Iha. Hoje, o petróleo tem nova alta.
Intervenção do BC
Hoje pela manhã, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a intervenção cambial feita pela autoridade monetária nesta semana “não teve nada a ver” com o patamar do câmbio, que é flutuante.
Em evento promovido pelo Bradesco BBI, Campos Neto afirmou que a operação foi motivada por um vencimento de títulos atrelados ao câmbio, o que foi expressamente pontuado na comunicação do BC, mas parte dos agentes não teria compreendido.
Ele afirmou que o BC apenas faz intervenção no câmbio quando detecta disfuncionalidades no mercado e acrescentou que o Brasil está com fluxo forte de recursos e possui reservas e que, por isso, “câmbio não deveria ser um problema”.
(Com Reuters)