Conhecida pelos seus serviços de gerenciamento de softwares de assinatura eletrônica, a DocuSign anunciou nesta quinta-feira (11) uma reestruturação de seus serviços e da marca (“rebranding”), durante evento em Nova York. A companhia, que atua em mais de 180 países, lançou a plataforma Intelligent Agreement Management (IAM), com recursos de inteligência artificial (IA), para analisar o conteúdo de acordos e contratos. Prazos, cláusulas de riscos, entre outros pontos sensíveis são observados e destacados pela IA nesses documentos.
“Os acordos são a base de todos os negócios, mas a forma como as pessoas os gerenciam está presa ao passado”, disse Allan Thygesen, CEO da DocuSign, em nota. “A má-gestão de acordos e sistemas desatualizados custam às empresas tempo, oportunidades e quase US$ 2 trilhões em valor econômico global todos os anos.” De acordo com o executivo, o gerenciamento inteligente de contratos ajudará a mudar esse cenário.
Em fevereiro, a empresa anunciou 400 demissões globais, inclusive no Brasil, para cortar custos e dar suporte à sua reestruturação e investimentos. O corte foi equivalente a 6% de sua força de trabalho.
Em dezembro, o “The Wall Street Journal” informou que a DocuSign contratou assessores para avaliar uma possível venda da companhia.
Na categoria de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês), a DocuSign lançou agora o seu gerenciamento inteligente de contratos. O sistema fica hospedado na nuvem, em sua plataforma IAM.
Para sua nova identificação da marca, a DocuSign fez a revisão visual, do logotipo e da arquitetura de funcionamento on-line.
A DocuSign tem uma carteira com 1,5 milhão de clientes pagantes e mais de 2 bilhões de usuários do seu sistema. A empresa não entra em detalhes sobre o Brasil, informa apenas que possui aqui “dezenas de milhares de clientes pagantes”.
As ações da DocuSign fecharam nesta quinta-feira na bolsa americana Nasdaq valorizadas em 0,39%, com cotação de US$ 59,48. Em março, a companhia encerrou o ano fiscal de 2024 com receita total de US$ 712,4 milhões, com alta de 8% na comparação anual. A receita de assinaturas alcançou US$ 695,7 milhões.