19/04/2024 – 10:00
O 1% da população do país com maior rendimento domiciliar tinha um rendimento médio equivalente a 39,2 vezes o rendimento dos 40% da população de menor renda em 2023. É o que mostram números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 19.
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Os números fazem parte da PNAD Contínua e mostram que, apesar do aumento do rendimento médio domiciliar per capita de maneira geral, a desigualdade permaneceu acentuada no país.
Ainda de acordo com o IBGE, o décimo da população com maior rendimento domiciliar per capita tinha uma renda, em média, 14,4 vezes maior que o rendimento dos 40% da população com os menores rendimentos em 2023.
Apesar de ser considerada elevada na mensuração da desigualdade no país, essa razão se iguala à do ano anterior, permanecendo no menor nível da série histórica da pesquisa. O valor máximo da série foi observado em 2018, 17,1 vezes.
Poucos com muito
Segundo o IBGE, pode-se medir a desigualdade pela fatia da massa de rendimentos que cada segmento da população recebe. Em 2023, os 10% com a menor renda ficavam com somente 1,1% da massa de rendimentos do país. Já os 10% da população com renda domiciliar per capita mais elevada ficavam com 41,0% da massa de rendimentos.
O índice de Gini do rendimento mensal real domiciliar per capita manteve-se em 0,518, o menor da série histórica e o mesmo valor de 2022. O Gini mais alto da série (0,545) ocorreu em 2018. Esse indicador mede a concentração de renda e varia de 0 (máxima igualdade) a 1 (máxima desigualdade).