E veio o convite para o Léo Santana cantar essa música com você na gravação do projeto. Vocês já tinham se encontrado em palcos antes, não?
Muitas e muitas vezes. A gente é amigo de muitos anos. Acho que conheci Léo em 2007, ele ainda era do Parangolé ou antes. A gente fez uma apresentação que, para mim, é inesquecível. Vejo Léo até hoje e a minha memória é de um show que a gente fez em 2009 no Farol da Barra.
Fiz um show para dar de presente para Salvador e convidei ele para cantar comigo. Ele é um gigante não só na aparência. Ele é incrível daquele jeito ali no palco desde sempre. Fenômeno. Muito orgulho dele.
Como o projeto nasceu dessa forma mais intimista?
Eu tinha vontade de fazer esse projeto há muitos anos. E você vê que tudo acontece no tempo certo: eu tinha que fazer o Carnaval da minha vida para depois fazer esse projeto. A gente acabou de fazer um Carnaval lindo, inesquecível, de todos os pontos de vista.
Aí eu queria fazer muito um acústico, queria muito ter a minha banda, gigs, em que a gente se junta e vai tocando sem se preocupar muito com o que está acontecendo, só que de maneira organizada. Veio a pandemia, a gente adiou e, no ano passado, rolou uma retomada. Por mais que a situação tenha sido adversa, isso ajudou a gente a construir o projeto todo.
E como surgiu o nome ‘Intemporal’?
Vem de uma história de fazer música que não perece, que vai ficar aqui ainda que a gente não esteja mais. É sobre mim e a minha banda ali em cima do palco. Sou a que mais aparece do meu núcleo ali na frente, vou aos programas de TV e tudo mais, mas tenho uma equipe incrível, uma banda incrível.
Esse show fala disso, de se encontrar para produzir música e, quando eu encontro meus fãs, produzo mais música. É um negócio muito natural, porque eles me estimulam a fazer aquilo que não vai perecer, que dá sentido à minha carreira, ao meu propósito de vida mesmo. A razão de cantar.