1) Atacou a Polícia Federal e o STF e defendeu investigados por golpe – Em 8 de fevereiro deste ano, logo após uma operação da PF ir às ruas em meio a uma investigação sobre a tentativa de golpe de Estado de Bolsonaro e seus amigos militares, Mourão subiu à tribuna do Senado e incitou as Forças Armadas contra a PF e o STF: “No caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atingem seus integrantes ao largo da Justiça Militar. Existem oficiais da ativa sendo atingidos por supostos delitos, inclusive oficiais generais. Não há o que justifique a omissão da Justiça Militar”.
2) Propôs anistia de golpistas – É de Mourão o projeto de lei 5.064/2023 que trata da anistia para os acusados e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Bolsonaristas tentam aprová-lo no Congresso Nacional, expandindo seu escopo para a articulação golpista de 2022, o que beneficiaria o ex-presidente Jair Bolsonaro.
3) Ainda candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro, o general Hamilton Mourão, afirmou, em 7 de setembro de 2018, em entrevista à GloboNews que, em situação hipotética de distúrbios públicos, o presidente poderia dar um “autogolpe” com apoio das Forças Armadas.
4) Glorificou torturador – Na mesma entrevista, ao ser indagado sobre o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 2015, rasgou elogios ao coronel. Ele, que é um dos símbolos dos crimes contra a humanidade cometidos pela ditadura, foi seu comandante em São Leopoldo (RS). Ainda chamou o carniceiro de herói e justificou seus atos: “Excessos foram cometidos? Excessos foram cometidos. Heróis matam”.
5) Lar só com mulheres geram desajustados – Em 17 de setembro de 2018, Mourão disse que uma casa só com mãe ou avó é uma fábrica de problemáticos. Para ele, a partir do momento em que a família é dissociada, por “agendas particulares que tentam impor ao conjunto da sociedade”, “áreas carentes”, “onde não há pai e avô”, apenas “mãe e avó” transformam-se em “uma fábrica de elementos desajustados” que tendem a ingressar em “narcoquadrilhas”. Criticado pela declaração, retrucou dizendo que havia feito apenas uma “constatação”.
6) Mourão defendeu que malandragem vem de negros e preguiça, dos indígenas – Em 6 de agosto daquele ano, o general afirmou: “Temos uma certa herança da indolência [vagabundagem, preguiça], que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem, Edson Rosa [vereador negro, presente na mesa], nada contra, mas a malandragem é oriunda do africano. Então, esse é o nosso caldinho cultural”. Na época, ele disse que sua declaração havia sido tirada de contexto e que foi mal compreendido.