O Brasil se tornou Estado-Membro Associado do Cern (centro europeu de física de partículas), na Europa, e é o primeiro país das Américas a se unir ao projeto.
Com o novo status, o país poderá indicar representantes para as reuniões do conselho do centro e do comitê financeiro. Além disso, brasileiros passam a poder se candidatar a cargos e programas no Cern. Por fim, abre-se também a possibilidade de a indústria nacional concorrer a contratos do centro.
Apesar da novidade, a cooperação entre Brasil e Cern já vem de longa data. Como o próprio centro indica, o início da parceria remonta a 1990, com a assinatura de um Acordo de Cooperação Internacional que permitiu o envolvimento de cientistas brasileiros no experimento Delphi.
Segundo o Cern, atualmente institutos brasileiros estão presentes em todos os principais experimentos do LHC (Grande Colisor de Hádrons) e há cerca de 200 cientistas, engenheiros e estudantes do Brasil trabalhando nos experimentos.
O centro cita também o Cnpem (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) como um parceiro de cooperação, desde 2020, em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de aceleração de partículas e suas aplicações.
A “Folha” procurou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações em busca de mais informações sobre a adesão, mas não houve resposta até o momento.