Nos seis últimos dias de “esquenta” para a Black Friday de 2024, a plataforma Shopee registrou um aumento de três vezes nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados divulgados pela companhia, entre 23 e 28 de novembro, as subcategorias mais vendidas foram computadores e acessórios, eletrodomésticos e celulares.
Outros itens que se destacaram foram os para casa e decoração, como capa para colchão impermeável, cortina de led e torneira com chuveiro para cozinha com rotação 360º, novidade na lista de mais vendidos.
Os números da plataforma vão na contramão do que foi observado no varejo na semana que antecede o dia oficial Black Friday, que acontece nesta sexta-feira (29).
Conforme antecipou o Valor, houve recuo na venda no on-line, no sábado (23), domingo (24), segunda-feira (25) e terça-feira (26), segundo dados da NielsenIQ Ebit, empresa de pesquisas em consumo. As quedas foram de 3,4%, 3,7%, 3,5% e 2,9%, respectivamente, frente a 2023. Na quarta-feira, porém, a curva mudou, e foi o melhor dia da semana, com alta de 1,8%.
O mercado espera que a entrada da primeira parcela do 13º salário nas contas dos trabalhadores, nesta sexta-feira (29), acelere a curva de vendas entre este fim de semana e na segunda-feira (2). Este é o primeiro ano, desde 2019, que os recursos do 13º estão disponíveis aos consumidores numa sexta-feira de “Black”.
Os “marketplaces”, que são plataformas que vendem produtos de lojistas de outras empresas, têm apresentado uma desempenho positivo de maneira geral. Esses canais avançaram 22% em termos de valor, considerando a mesma base comparativa. Parte disso se dá pelo fato de comercializarem produtos de diversas categorias.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) estima aumento de 10,2% nas vendas na data, alcançando R$ 7,9 bilhões. A Neotrust Confi estima 9,1%, e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera 0,4%, para R$ 5,2 bilhões, já descontada a inflação. Em termos nominais, portanto, a taxa ficaria em torno de 5%.